Escravos de Nós Mesmos
AUTOCONHECIMENTO
7/20/20251 min read


Escravos de Nós Mesmos
“Vocês, que são escravos do eu,
que lhe prestam serviço de sol a sombra,
que vivem no medo constante
do nascimento, velhice, doença e morte,
recebam as boas novas:
seu cruel dono não existe.”
— Buda
Vivemos numa busca constante. Uma corrida silenciosa por algo que chamamos de “vida melhor”. Para uns, é conquistar um novo carro. Para outros, a casa perfeita. Alguns sonham com estabilidade no trabalho, enquanto outros desejam alcançar o topo de uma carreira ou encontrar o amor da vida.
Mas... você já parou para se perguntar: o que realmente significa esse “melhor”?
Será que estamos, sem perceber, nos tornando prisioneiros dos próprios desejos?
Na ânsia de conquistar, acabamos criando uma armadilha invisível. Quanto mais queremos, mais sentimos que falta. Quanto mais corremos, mais perdemos o fôlego. E nessa maratona sem linha de chegada, nos afastamos do que somos de verdade — e do que já temos.
Não se trata de abandonar os sonhos, mas de mudar a relação com eles.
A liberdade interior começa quando paramos de servir aos nossos desejos como se fossem deuses implacáveis. Quando deixamos de viver apenas pelo “ainda falta” e começamos a valorizar o “já é”.
A felicidade não está no fim da estrada, mas em aprender a caminhar com leveza. Em fazer as pazes com o agora. Em perceber que muito do que buscamos lá fora, talvez já esteja aqui dentro.
O convite é esse:
Troque a escravidão da conquista pela liberdade da consciência.
Deseje, sim. Mas sem se aprisionar. Lute, sim. Mas com leveza. Caminhe, mas sem se perder de si.
Porque, no fim, o maior cárcere pode ser aquele que construímos dentro de nós.